sábado, 15 de agosto de 2009

"Ele é o pão de cada dia em minha vida"


Lembro-me como se foi fosse hoje. Faz mais ou menos 15 anos que vi pela primeira vez um computador. Certa vez meu pai reuniu toda família para mostrar a surpresa que tinha acabado de comprar.Tomei um susto quando vi uma tela similar a da televisão que tínhamos, de 14 polegadas, ligada a um monte de fios. Minha mãe é aquela católica fervorosa e quando o “bicho” foi ligado, todos pararam e ficaram paralisados e de boca aberta. Minha mãe, então, pegou a água benta e jogou no computador, apelidado por nós de Weapon X devido a uma revista em quadrinhos da época, dos X-men. Foi maravilhoso ter esse artefato nas nossas vidas.

Com o passar do tempo eu e Weapon X ficamos interligados um ao outro. Lembro muito bem que meus primos não conheciam a tal engenhoca criada para ajudar as pessoas, e o melhor era que também podíamos jogar no tal computador. Uma coisa bastante legal, é que quando eu era mais nova, principalmente no finalzinho da minha 5ª série do Ensino Fundamental, eu costumava personalizar capas de trabalho escolar. E o computador tinha um programa que fazia a mesma coisa, ou até melhor do que eu, em segundos.Hoje, o computador é mais que um acessório em minha vida. Dependo dele para tudo. Se eu ficar um dia sem usá-lo, é como perder minha identidade, afinal nele eu me divirto, jogo, ouço minhas músicas, converso com meus amigos e familiares.

Graças a Deus e a meu pai, o Weapon X entrou na minha vida, afinal ele é o meu pão de cada dia, pois sou estudante de Sistemas de Informação, na Dom Pedro II, e 90% da minha vida passo na frente dessa máquina. Como resultado e saldo positivo deste relacionamento com o meu Weapon X, ensino em uma escola de informática. Uma coisa legal nessa história, é que até hoje o Weapon X está comigo, claro que com suas devidas proporções, todo quebrado e sem algumas peças e o mais legal funcionando ele serve de cobaia para meus experimentos.


* Solange Farias de Jesus Neves (26) também ensina informática a crianças carentes de um bairro periférico de Salvador.

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